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domingo, 11 de novembro de 2012

Resenha do livro: A Criança e o Número - Constance Kamii



Resenha do Livro:
KAMII, Constance. A Criança e o Número: implicações da teoria de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos. Campinas, SP: Papirus, 1990.

Mesmo após 25 anos da publicação da primeira edição de A Criança e o Número, algumas questões levantadas pela autora, Constance Kamii, permanecem atuais e devem ser estudadas pelos educadores que trabalham com a Educação Infantil.
Neste livro, Kamii busca justificar sua metodologia para a construção da ideia de número pela via da contagem, apresentando uma série de experimentos realizados com crianças de diferentes faixas etárias, segundo os resultados das pesquisas desenvolvidas por Jean Piaget, orientador e referencial teórico da autora. Os assuntos abordados na leitura inicial dão conta de como a criança compreende a construção do número.
Segundo a autora a internalização do conceito de numero depende do nível mental que Jean Piaget (1998) nomeia de reversibilidade. Reversibilidade é a capacidade de fazer, desfazer mentalmente a mesma operação. Para ele a criança não pode conceituar adequadamente o número até que seja capaz de conservar quantidades, tornar reversíveis as operações, classificar e seriar. Assim, o educando (a) constrói, no seu intelecto, a noção de número.
O conhecimento, do qual hoje dispomos, é resultado de um processo de construção humana ao longo de vários séculos. Na obra de Kamii (1990) esta cita que Piaget afirma ser possível que haja paralelos entre a maneira como a criança constrói seu conhecimento e a maneira como a humanidade o fez no passado.
Conhecer os paralelos entre a construção da humanidade e a construção da criança é importante, porque nos auxilia a compreender melhor a natureza do conhecimento lógico-matemático e os conceitos de número.
A autora começa mostrando em seu livro dois tipos de conhecimento concebidos por Piaget, o conhecimento físico (conhecimento da realidade externa) que pode ser conhecido pela observação, e o Lógico-Matemático, que é a diferença existente na relação entre dois objetos. Sendo assim, o numero se torna a relação criada mentalmente por cada indivíduo. Assim, o educando (a) constrói, no seu intelecto, a noção de número fazendo-se necessário desenvolver certas habilidades, desse modo, a observação exerce um significado importante na aprendizagem.
  No livro também estão colocadas algumas das questões cruciais que desafiam especialistas, professores e pais em relação à aquisição e ao uso do conceito de número pelas crianças de 4 a 7 anos. A criança nessa faixa etária é capaz de desenvolver várias habilidades necessárias a construção da noção de número, como por exemplo: observar, contar, calcular, classificar, seriar. A partir dessas capacidades ela poderá ter condições de construir a inclusão hierárquica, que em síntese com a ordem dos números, poderá construir o numero, conseguindo realizar atividades que demonstrem as quantidades. Kamii afirma que, se as crianças conseguem construir os pequenos números elementares ao colocarem todos os tipos de coisas em todos os tipos de relações, elas devem persistir ativamente neste pensamento para complementar a estruturação do resto da série.
  Através de uma figura (dois círculos ligados um ao outro) a autora mostra que o sucesso escolar depende muito da habilidade de pensar autônomo e criticamente. A intersecção dos círculos mostra as coisas que aprendemos na escola e que foram úteis para o desenvolvimento da autonomia, por exemplo, a habilidade de ler e escrever, de ler mapas etc. Para Kamii, “se a autonomia é a finalidade da educação, precisam ser feitas tentativas no sentido de aumentar a área intersecção entre os dois círculos”.
A autora comenta sobre Piaget, onde ele declara que “a finalidade da educação deve ser a de desenvolver a autonomia da criança, que é indissociavelmente social, moral e intelectual” (p.33). Para Kamii, a autonomia significa o indivíduo ser governado por si próprio. É o contrário de heteronomia, que significa ser governado pelos outros. Como as escolas ainda educam tradicionalmente, a heteronomia da criança passa a ser mais trabalhada que a autonomia. A autonomia significa levar em consideração os fatores relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Não pode haver moralidade quando se considera apenas o próprio ponto de vista. Assim o objetivo para ensinar o numero é o da construção que a criança faz da estrutura mental do numero, e o professor, deve priorizar o ato de encorajar a criança a pensar ativa e autonomamente em todos os tipos de situações. Para Kamii, uma criança que pensa ativamente à sua maneira, incluindo quantidades, inevitavelmente, constrói o numero.
Kamii afirma em seu livro que o meio ambiente proporciona muitas coisas que indiretamente, facilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. E “as crianças de culturas mais industrializadas geralmente desenvolvem-se mais rapidamente do que as de cultura menos industrializadas”. E ainda “as crianças de nível sócio-econômico médio-alto desenvolvem-se mais rapidamente do que as de baixa renda, e as que vivem na cidade, mais rápido que as das zonas rurais”. Ela elaborou também, seis princípios de ensino sob três títulos:
1.                      A criação de todos os tipos de relações
Encorajar a criança a estar alerta e colocar todos os tipos de objetos, eventos e ações em todas as espécies de relações.
2.                      A quantificação dos objetos
a. Encorajar as crianças a pensarem sobre numero e quantidades de objetos quando estes seriam significativos para elas.
b. Encorajar a criança a quantificar objetos logicamente e a comparar conjuntos (em vez de encorajá-las a contar).
c. Encorajar a criança a fazer conjunto com objetos móveis.
3.                      Interação social com os colegas e os professores.
a. Encorajar a criança a trocar ideias com seus colegas.
b. Imaginar como é que a criança está pensando, e intervir de acordo com aquilo que pareça estar sucedendo em sua cabeça.
O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente construído e em permanente evolução. Os recursos didáticos como jogos, livros, calculadoras, computadores e outros materiais têm um papel importante no processo de aprendizagem. A autora mostra ainda, a aplicação de jogos no auxílio à aprendizagem e fixação dos conceitos matemáticos tem por objetivo fazer com que o educando aprenda e construa os conceitos matemáticos através dos jogos.
O jogo e a brincadeira fazem parte da vida de qualquer indivíduo. O encantamento, fascínio e fantasia dos brinquedos e jogos acompanham o desenvolvimento da humanidade. Com relação ao jogo como recurso para auxiliar a aprendizagem, Kamii traz que a criança precisa ser encorajada na troca de ideias sobre como querem jogar, e ainda mostra diversos modelos de jogos e brincadeiras que podem ser bem aproveitados na aprendizagem da criança: dança das cadeiras, jogos com tabuleiro, jogos de baralho, jogos com bolinhas de gude, jogos da memória etc.
“Os jogos são atividades tão prazerosas e interessantes, por que não os trazer para a sala de aula e, assim, substituir as antigas atividades em folhas intermináveis que tornavam a aprendizagem um tédio? Trazendo o jogo para dentro da sala de aula, estaremos tornando a educação mais compatível com o desenvolvimento natural das crianças, ou seja, contribuiremos, para que a aprendizagem escolar seja relevante para o desenvolvimento.” (Constance Kamii).
Trabalhar com jogos é muito interessante e gratificante, pois o aluno aprende brincando dentro da sala. Mas é preciso que o educador tenha consciência que trabalhar assim não é fácil, exige uma atenção maior sobre os alunos para identificar o que precisa ser trabalhado e escolher o jogo certo para cada conceito matemático. Não se pode esquecer, que para tal trabalho, deve ser questionado: por que, quando, para que, o que se pretende, para que aulas não fiquem apenas no jogar por jogar.
  O que levo de mais importante no livro é a colocação de que segundo Piaget a criança não constrói o número pela transmissão social, ou seja, aprendendo a contar.
A estrutura lógico-matemática do número não pode ser ensinada, ela é construída pela própria criança, através do estímulo do professor proporcionando o desenvolvimento dessa estrutura mental através de situações de relações diversas. A tarefa dos professores é de incentivar o pensamento espontâneo das crianças e não apenas buscar respostas prontas. Aprender a contar, ler e escrever numerais é importante, mas se a criança não tiver construindo sua estrutura de número esta contagem, leitura e escrita será apenas memorização, sem sentido numérico. Também achei muito importante o resultado de uma pesquisa que indica que as crianças de nível sócio econômico mais elevado, desenvolvem o raciocínio lógico matemático mais rapidamente que os de baixa renda.
"Quando ensinamos número e aritmética como se nós, adultos, fôssemos a única fonte válida de retroalimentação, sem querer ensinamos também que a verdade só pode sair de nós. Então a criança aprende a ler no rosto do professor sinais de aprovação ou desaprovação. Tal instrução reforça a heteronomia da criança e resulta numa aprendizagem que se conforma com a autoridade do adulto. Não é dessa forma que as crianças desenvolverão o conhecimento do número, a autonomia, ou a confiança em sua habilidade matemática. (...) Embora a fonte definitiva de retroalimentação esteja dentro da criança, o desacordo com outras crianças pode estimulá-la a reexaminar suas próprias idéias. Quando a criança discute que 2 + 4 = 5, por exemplo, ela tem a oportunidade de pensar sobre a correção de seu próprio pensamento se quiser convencer a alguém mais. É por isso que a confrontação social entre colegas é indispensável (...)"

Por que ler
- Aborda de forma acessível alguns aspectos fundamentais do trabalho de Piaget publicados no livro A Gênese do Número na Criança.
- Apresenta informações fornecidas pela Psicologia genética e pelas pesquisas psicogenéticas sobre os processos de aprendizagem e as idéias que as crianças constroem.
- Elucida as implicações da teoria piagetiana na prática de sala de aula e como as diferentes formas de conhecimento estabelecidas por Piaget interagem na aprendizagem da Matemática.
- A autora foi aluna e colaboradora de Piaget e pioneira ao propor o ensino da Matemática com o aluno como sujeito do processo.



Passos 1 e 2 da Etapa 3 - ATPS

A Matemática é vista como algo muito difícil, é a mais complicada, até mesmo a vilã por muitas pessoas, mas esquecemos que nos utilizamos dela em muitos momentos do nosso dia a dia.
Veremos abaixo 5 situações em que nos utilizamos da Matemática sem nem perceber e duas atividades bem legais.

Situações em que utilizamos a Matemática:

Compras
Elaboração de receitas
Na verificação das horas
Na verificação do dia e mês no calendário
Na verificação da numeração de um endereço


Atividades:

Para 2º ano: Situação de compras
Fui ao mercado e comprei:

 6 maças, que custam R$2,00 cada uma; 
 maca para colorir Lindos Desenhos de Frutas para Pintar: Modelos Perfeitos para Colorir  








8 laranjas, que custam R$3,00 a cada 4 frutas 
 http://www.guianews.net/img/fotos/frutas%20para%20colorir%2011.jpg 



 e 12 peras, que custam R$4,00 a dúzia.
http://www.dibujosmania.com/imagenes/dibujos-frutas-g.gif
 Quanto gastei ao total?


Para 1º ano: situação de elaboração da receita
Em uma receita de brigadeiro pede-se para colocar 1 lata de leite condensado, 1 colher de sopa de margarina sem sal, 7 colheres das de sopa de achocolatado e  100 gramas de chocolate granulado para fazer as bolinhas. Quero fazer o dobro da receita. Qual a quantidade de leite condensado, de margarina, de achocolatado e de chocolate granulado irei utilizar?

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghjH2tMdLx6RMfYI2_Zuv-pVakb3UTMQ7k3H82oZISxvqyHtWtwqIIS0gu6iDIiKkX9Li9vTCLqJ29JowH1n78rhwhZX_29cKU_uJlg6M6h5GDFgCD-AYEXusZgd0lRK6xDBpQ6uO8zWY/s320/Brigadeiro.bmp



Para 2º ano: situação de verificação das horas


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDm9GI2BIYaMM6_q4ihwe5rAZcZcz1cfwvbOx_qthDTBnUkImRFehFZ5rXEzXGlVWkBSLAS2bh_5fd3_j1HcmXBgWXLbbC3nQS3JPv1T0ZUumIAqJxK1sGunnSY80kL-pPRJbd4ntinUk/s1600/5.bmp
 


Para 1º ano: situação de verificação do dia e mês no calendário


http://lh4.ggpht.com/-qFReQUz5SCU/SrV9xdUBLaI/AAAAAAAAKUc/p97btzpdHOE/Atividade%252520sobre%252520calendario.JPG
Para 2º ano: situação de verificação da numeração de um endereço

João mora na casa de número setecentos e vinte e sete; Lia na casa número quinhentos e quarenta e seis e Ana na casa novecentos e cinquenta e oito. Coloque o número correto e o nome do morador de cada casa do menor para o maior número.



https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUinqq9NIGrwG8Tb0_NAKVl6NoAgqV9ozjF5cey5wYyGRr2koCwaHL_cOnM3nEHRGcvf-OceAEwW7mPE1uKvznZNlX279orF0k-ErPMi6Nf8H3qeXo2NxIio_5JUUKgHd6gXLN_eNDdE8/s1600/casa.jpg
Nome do Morador:                                       


Número da Casa:





https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUinqq9NIGrwG8Tb0_NAKVl6NoAgqV9ozjF5cey5wYyGRr2koCwaHL_cOnM3nEHRGcvf-OceAEwW7mPE1uKvznZNlX279orF0k-ErPMi6Nf8H3qeXo2NxIio_5JUUKgHd6gXLN_eNDdE8/s1600/casa.jpg
Nome do Morador:                                       


Número da Casa:




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Nome do Morador:                                       


Número da Casa:



Trabalhando com dezena, centena e milhar

Trabalhando com dezena, centena e milhar

Essa atividade trabalha a compreensão da criança sobre dezena, centena e milhar.
De forma lúdica dá suporte a aprendizagem...

Eu adorei e você?

Beijocassss




Pinte o mosaico de acordo com as seguintes instruções:
1. Pinte de amarelo o espaço onde está:
- uma dezena
- uma dezena e meia
- meia dúzia
- uma dúzia
- três dúzias
- dúzia e meia
- um quarto
2. Pinte de vermelho:
- uma centena
- um milhar
3. Pinte de azul o espaço onde está o resultado:
- uma dezena
- uma dezena e meia
- meia dúzia
- uma dúzia
- três dúzias
- dúzia e meia
- um quarto
4. Pinte agora o resto do mosaico de verde escuro ou com uma cor da sua escolha.

Multiplicação e divisão



E quem disse que atividades de multiplicação e divisão não podem ser uma graçinha e super legais ?

Eis alguns exemplos lindinhos e ótimos para serem aplicados...







































Eu ADOREI essa atividade da baleia... Muito fofa, não é mesmo?

Espero que vocês gostem!!!

Beijocasssss

Lógica

Essa atividade envolve a lógica além da contagem... Achei muito boa...
Espero que vocês também gostem!!!

Beijocassss

click to zoom

Mais adição

Essa atividade de adição é bem legal, pois se utiliza dos personagens que as crianças conhecem e gostam, a Lili e o Viralata. Para ajudar, podemos dar aos alunos palitos para que eles consigam visualizar as adições.


 



Nessas aparecem os desenhos... Também é legal utilizar os palitos...





Espero que gostem!!!

Beijocas

Uma atividade de adição muito legal....



Achei a atividade uma graça, onde a criança irá fazer a soma e colar o peixe no lugar correto do aquário...

Espero que vocês gostem!!!

Beijocas